Mensagem do Presidente da Câmara Municipal de Oeiras
Sr. Dr. Isaltino Afonso de Morais

Uma das mais nobres actividades humanas é, justamente aquela que se presta em regime de voluntariado.

Nela se evidenciam algumas das qualidades mais elevadas do homem que são o espírito de sacrifício, a abnegação, o altruismo.

São as corporações, são os bombeiros, num misto de voluntarismo, competência técnica, que velam dia e noite pela segurança das nossas casas e das nossas vidas, contra intempéries naturais e quantas vezes contra a incúria dos homens.

Em tempos não muito recuados, a pertença como voluntário numa corporação de bombeiros, constituía uma opção de vida própria para uma elite de escolhidos.

Ainda hoje, paira uma justificada aura de prestígio em todos aqueles que, por escolha, decidem envergar a prestigiosa farda do bombeiro e a essa actividade dedicam o melhor dos seus anos.

Hoje em dia, os valores da heroicidade e prestígio da farda entre os bombeiros, tendem a ser substituídos cada vez mais, pela qualificação, pela eficácia técnica, e pelo grau de exigência e rigor que se pede aos candidatos a bombeiros.

Isto, é evidente, não apaga a motivação da realização pessoal e o altruísmo, que constitui e constituirá a pedra de toque da actividade do bombeiro que não se queira desumanizada.

Por isso se exige, mais preparação, melhores instalações e melhores equipamentos e qualificações.

A Câmara Municipal de Oeiras, atenta às novas exigências, viabilizou a construção recente dos quartéis de bombeiros de Algés e Barcarena, comparticipa no de Carnaxide (prestes a ser inaugurado), enquanto se projecta o início das obras do novo quartel dos Bombeiros Voluntários do Dafundo, posto o que se seguirão as obras de beneficiação do Quartel de Linda-a-Pastora e o novo quartel dos Bombeiros Voluntários de Paço de Arcos.

Reconhecerão que É Obra, tudo isto num concelho como o de Oeiras, com 46km2 e sete corporações de bombeiros, mas se o Estado, através da Administração Central e das Autarquias Locais, financia, hoje em dia, no essencial as corporações de bombeiros, há de reconhecer que se tem de fazer um esforço acrescido na racionalização e contenção dos meios técnicos e financeiros e bem assim estimular a uma maior participação da sociedade civil.

É a luz desta realidade que os novos projectos têm de ser encarados de forma a que os vindouros possam recordar o centésimo aniversário desta corporação, também como um marco na forma da sociedade se relacionar com os seus soldados da paz.

Em meu nome e em nome do executivo municipal que chefio, curvo-me perante a singeleza do aniversário que aqui se assinala e nas pessoas dos Senhores Comandante e Presidentes da Direcção e da Assembleia Geral dos Bombeiros Voluntários de Paço de Arcos, o nosso Muito Obrigado,

in “Os Bombeiros de Paço de Arcos – 1893/1993” de Rogério de Oliveira Gonçalves.

Partilhar