Instalações Utilizadas pela Associação

Durante o seu primeiro século de vida, a Associação repartiu as suas instalações por diversos locais, todos em Paço de Arcos. dos quais:

Travessa do Salva-Vidas/Praça Guilherme Gomes Fernandes (1893.OUT.30/1927.JUL.29) – O edifício do primeiro quartel-sede está indissoluvelmente ligado às tradições humanitárias paço-arcuenses. Foi à mais de duzentos anos que o marquês de Pombal projectou “hum utilissimo Molhe no porto de Paço de Arcos…para que…possa…prevenir nelle proporcionado socorro, para acudir aos Navios que vierem buscar a Barra nas suas urgentes necessidades”, independentemente que na baía de Paço de Arcos estivessem sempre prontas embarcações com gente, cabos e âncoras, para prestarem socorros aos barcos que estivessem em perigo na passagem da barra. A estação do salva-vidas já abrigava os bombeiros paço-arcuenses da 2ª secção de Oeiras desde 1884 e albergaria os da nova Associação a partir de 1893. O Real Instituto de Socorros a Náufragos, esse nasceria entre as duas datas, em 1892.ABR.21;

 

Avenida Patrão Joaquim Lopes (1927.JUL.29/1932.ABR.17) – A tradição cultural paço-arcuense levou à fundação da Sociedade Instrução Musical e à sua fusão com a Corporação de bombeiros, para dar lugar à formação duma nova colectividade denominada Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Paço de Arcos. Nesta sede se processaram mais de duas décadas de intensa actividade cultural da Associação, até que o senhorio requereu à Câmara Municipal a demolição do edifício. Como tal, a Associação recebeu uma indemnização de 40.000$00 que ficaram cativos para a construção do novo quartel-sede;

 

 

Rua Costa Pinto (1932.ABR.17/1975) – O edifício já existia pelo menos desde cerca de 1774. Mais de um século e meio depois (1930.ABR.5), a Associação conseguira a promessa de arrendamento da casa onde funcionou uma padaria, para se instalar o quartel. Após o arrendamento do edifício, foram promovidas obras de adaptação, executadas nas horas vagas, por elementos do Corpo Activo. A Corporação passava, daí em diante, a dispor de sala do Comando, parque de viaturas, balneários, posto de socorros e, mais tarde, a sala do Bombeiro. Ali decorreram mais de quatro décadas da existência da Corporação, desde cedo ameaçada pelas dificuldades inerentes ao seu crescimento.

 

 

Avenida Senhor Jesus dos Navegantes (1975 a 19 de Janeiro de 2008) – Desde 1950 até à presente data, a História do actual quartel-sede atravessou quatro fases:

1950/75 – Obtenção do terreno, projecto e construção;
1975/81 – Tentativa de ampliação;
1981/88 – Hesitação amplicação/novas instalações;
1989 em diante – Luta por novas instalações, concluídas e inauguradas no dia 19 de Janeiro de 2008.

 

 

 

Rua do Parque Desportivo (19 de Janeiro de 2008 em diante) – Instalado a norte da vila de Paço de Arcos, a Associação inaugurou as suas novas instalações na Rua do Parque Desportivo, em Paço de Arcos no dia 19 de Janeiro de 2008.

O contentamento era visível nos rostos dos elementos dos Bombeiros Voluntários de Paço de Arcos. “Até que enfim o novo quartel está a funcionar”, desabafaram alguns ainda na parada, ontem de manhã, que antecedeu a inauguração oficial do espaço pelo ministro da Administração Interna, Rui Pereira, e pelo presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais.

Pensado de raiz para as necessidades específicas daquela corporação – para lá de intervir nas freguesias de Paço de Arcos e Caxias ainda é responsável pelo socorro costeiro entre o Jardim do Tabaco, em Lisboa, até à Praia das Fontainhas, em Setúbal. O novo quartel custou 1,365 milhões de euros, tendo a autarquia de Oeiras pago 788 mil euros e o Estado cerca de 577 mil euros.

Na cerimónia de inauguração, na qual foram atribuídas 74 medalhas e condecorações, Isaltino Morais destacou “a velha e justa ambição dos Bombeiros Voluntários de Paço de Arcos, que permaneciam desde 1969 nas instalações agora substituídas”. O autarca assinalou, ainda, a importância das novas instalações “para o aumento do interesse de novos voluntários”. “Só com estas novas condições é possível garantir uma igualdade de oportunidades para a participação das mulheres, que antes eram afastadas por falta de conforto e privacidade”. Na corporação o sentimento era de “satisfação”. Velhos e novos, oficiais e estagiários, todos gostaram de ver o novo quartel por dentro. “As camaratas são excelentes”, disseram alguns. “Pelo menos agora temos espaço para estar de forma mais agradável”, retorquiram outros.

in “Os Bombeiros de Paço de Arcos – 1893/1993” de Rogério de Oliveira Gonçalves.

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